Um grupo de artistas anónimos de Guimarães pintou as paredes da cidade para exigir a demissão de Cristina Azevedo e a extinção da Fundação Cidade de Guimarães. Na manhã de segunda-feira vários locais tinham o símbolo do movimento, denominado “A Capital é Nossa”, que, em último caso, ameaça criar um programa próprio e paralelo em 2012. A Fundação não vê incómodo na criação de um programa à parte, mas desmente algumas acusações do recém-criado movimento. O primeiro sinal de vida do “A Capital é Nossa” surgiu no dia 11 de Março, no Largo da Oliveira, quando um grupo de anónimos colocou o símbolo do movimento – uma caricatura de Cristina Azevedo, presidente da Fundação Cidade de Guimarães (FCG), a pôr a mão no bolso com um maço de notas – debaixo dos arcos. A situação passou algo despercebida até segunda-feira, altura em que vários locais da cidade apareceram com desenhos de rua do símbolo do movimento. Os responsáveis colocaram pinturas na rotunda da entrada da auto-estrada em Urgeses, nas escolas João de Meira, Francisco de Holanda e Liceu, tendo inclusive marcado as paredes do estádio com a caricatura. O Notícias de Guimarães falou com um dos apoiantes do movimento anónimo, que referiu que “só há uma maneira para haver algo de qualidade: a extinção da Fundação Cidade de Guimarães e demissão da Dra. Cristina Azevedo”. O responsável refere que o “o movimento não está contra ninguém, mas quer criar sinergias para que a CEC seja representativa da massa crítica vimaranense”. Em último caso, referem, “avançamos com um projecto paralelo”. “A Capital é Nossa” pretende extinguir a Fundação responsável pela programação da CEC, pois assim “toma o cargo a Autarquia, e aí as pessoas já podem participar”. O apoiante disse ainda que “os artistas não têm orçamentos e correm o risco de fechar porque a autarquia diz para irem pedir fundos à Fundação, que também não dá”. Os responsáveis referem que “o contrato daquela senhora está blindado, não pode haver demissão”, referem em clara alusão à presidente da FCG. Dizem ainda que há divergências no seio do Conselho de Administração da FCG, pois “um administrador do Conselho de Administração e mais quatro directores já se tentaram demitir, mas não deixaram para não levantar mais fumo”. O movimento promete, para breve, mais manifestações anónimas, e vai tentar reunir apoios junto de associações que já se mostraram descontentes com a gestão da CEC.
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